27 de abr. de 2009

Inquéritos

Apesar dos inquéritos e o seu tratamento terem sido feitos no 2º período só agora pudemos colocar aqui os dados.

O inquérito feito aos alunos continha quinze perguntas sobre hábitos alimentares e distúrbios alimentares e foi feito ao universo de 100 alunos. Agradecemos desde já a disponibilidade dos nossos colegas de 9º, 10º, 11º e 12º ano em terem respondido ao mesmo.
Vamos apenas referirmo-nos às questões que achamos mais relevantes.

Apesar do tema “Distúrbios Alimentares” ser bastante actual constatámos que ainda existem bastantes alunos que desconhecem alguns distúrbios, nomeadamente a Ortorexia.
Para a maior parte o distúrbio alimentar mais prejudicial é a anorexia, seguido da bulimia e da obesidade.
Relativamente aos hábitos alimentares dos alunos pudemos verificar que, apesar de haver algumas falhas, principalmente em relação à tomada de pequeno-almoço e à ingestão de leite e sopa, se encontram nos parâmetros aceitáveis. É também de referir que não são consumidores de bebidas alcoólicas e que a maior parte pratica exercício físico.

Através da realização deste inquérito conseguimos perceber quais os hábitos alimentares dos adolescentes e compreender o grau de conhecimento dos mesmos em relação aos distúrbios alimentares.


Fizémos também um inquérito à psicóloga da clínica "Riaviver", que vamos colocar aqui:

P : As pessoas que recorrem à ajuda de profissionais vêm por vontade própria, porque se sentem mal com a situação em que se encontram, ou por incentivo ou pressão por parte da família ou amigos?
R: As pessoas têm pouca consciência da situação em que se encontram, da própria alimentação e dos distúrbios que possam estar ou vir a sofrer. Por isso, geralmente, vêm por incentivo de algum familiar ou amigo.

P: Os distúrbios alimentares são frequentes em que faixa etária?
R: Só vai à clínica quem quer. Depende das idades: os jovens, são ‘’empurrados’’ a estabelecer contacto psicólogos, já os adultos são influenciados pela família ou por amigos, mas têm de ter motivação pessoal.

P: E qual o sexo mais afectado?
R: Os distúrbios alimentares encontram-se tanto no sexo feminino como no masculino, apesar de na mulher haver uma maior incidência, uma vez que a pressão social ligada ao estereótipo da beleza, é enorme. Esse estereótipo de beleza está a afectar também a comunidade masculina, como por exemplo os metrosexuais, que têm cuidados excessivos com o corpo.

P: Qual a explicação para pessoas ditas ‘’normais’’ se tornarem obsessivas pela alimentação como as pessoas que sofrem de distúrbios?
R: Estas pessoas podem tornar-se obsessivas devido à exigência social, à exagerada preocupação em relação ao peso ou a qualquer outro aspecto relacionado com o seu corpo.

P: De que forma estas pessoas podem ser ajudadas?
R: Dentro da psicologia há vários tipos de terapias e de métodos:
- Alterar alguns pensamentos e aplicar técnicas comportamentais: levar um dia de cada vez;
- Trabalhar em conjunto com nutricionistas. Por exemplo, se o nutricionista diz: ‘’fazer 6 refeições por dia’’ o psicólogo ajuda a pessoa a ultrapassar as dificuldades que tem em lidar com a alimentação e com a ideia que tem de fazer 6 refeições por dia, explicando a importância que isso tem.

P: Quando falamos em distúrbios alimentares, falamos também de distúrbios do foro psicológico?
R: Os distúrbios alimentares são processos compulsivos ou razões racionalizadas e impostas pela cabeça. São complicados, tanto o foro psicológico, porque as pessoas não reconhecem o problema, como os distúrbios alimentares, pela alteração do metabolismo da pessoa.

P: Essas pessoas conseguem superar os distúrbios ou fracassam e desistem do tratamento?
R: O processo de recuperação pode demorar muito tempo e em situações graves pode não chegar a tempo.

P: Quando é que as pessoas são internadas?
R: O internamento só é feito por força de uma debilidade física causada pela obsessão.

P: De que forma a família intervém, mesmo que indirectamente, na obsessão pela alimentação de modo a sofrer de distúrbios? E na sua recuperação?
R: Quem está de fora, acaba por entrar na confusão da pessoa que sofre. Quem tem a sorte de ter amigos e uma "família chata", tem mais probabilidades de superar esses pensamentos - Chata no sentido de ‘’come a sopa toda e come mais isto e aquilo’’.

P: Que comportamentos devem ser evitados?
R: Evitar o pensamento obsessivo com a estética. Pode ser evitado pois se uma pessoa entra nessa obsessão em relação à estética, pode ficar mesmo alterada mentalmente (compulsivo).
Deve ser controlada a falta ou excesso de comida.

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